Por: Erica Soares dos Santos | Psicóloga SESI-SP
08/09/202009:10- atualizado às 09:10 em 08/09/2020
É bem provável que ao longo da sua vida você já tenha dito “Hoje eu estou ansioso” ou qualquer outra frase onde você usou o termo “ansioso” para definir sua preocupação ou aceleração naquele dia.
Pois bem, de fato a ansiedade é um estado emocional natural do corpo que está em estresse, com nível elevado de preocupação, tensão muscular e pensamentos ruins repetitivos. A ansiedade é um estado normal do corpo saudável, uma pessoa ansiosa está sempre alerta, observa e avalia os prós e contra do momento, planeja futuro e tem pensamento ativo de luta e fuga.
Então quando eu devo me alertar com a Ansiedade?
Quando os sintomas se tornam mais intensos e frequentes, levado as circunstâncias a ansiedade pode ser tornar patológica, o transtorno de estado mental e desencadear outros transtornos. Tais como os transtornos de ansiedade, de depressão, de personalidade, alimentar, obsessivo compulsivo, de pânico e entre outros transtornos.
De quais sintomas estamos falando?
Os sintomas físicos são os mais perceptíveis ao indivíduo, geralmente onde ocorrem as primeiras observações e notoriedade de mudanças e desconforto, mas esses sintomas acontecem também de outras formas e comprometem tanto quanto fisicamente.
O transtorno de ansiedade é causado pelo excesso de ansiedade. Sintomas que interferem no dia a dia e compromete a rotina, relação social e estado mental do indivíduo.
Os tipos de ansiedade são TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), Agorafobia e Síndrome de Pânico, sendo a TAG a mais comum em adultos. Todos os transtornos citados exigem acompanhamento médico psiquiatra e psicólogo.
Dois fatores estão pré-dispostos a desencadear o transtorno de ansiedade:
A pessoa com transtorno de ansiedade pode sofrer diversas consequências na sua vida por causa dos seus sintomas. Nas relações familiares e conjugais, devido à dificuldade de o indivíduo ansioso demonstrar suas emoções podem ocorrer desentendimentos frequentes e falta de comunicação pois ele se sente infeliz e boa parte da sua fala é negativa. As pessoas que convivem com o ansioso se sentem mais cansadas e estressadas.
E nas relações sociais, o indivíduo ansioso por ter medo de demonstrar seus sintomas em público passa a evitar alguns contatos sociais que podem levar a um quadro mais grave. O comportamento de afastamento e isolamento parecem ser a única resolução já que assim eles não terão mais a sensação eminente de vergonha e nervosismo e seus sintomas fisiológicos e emocionais. Tal intenção de comportamento de isolamento pode afetar ainda mais a vida desta pessoa já que ela poderá sofrer também no ambiente acadêmico devido à falta de atenção e concentração e no ambiente de trabalho por ter dificuldade de interação interpessoal e de participar de reuniões e ou mesmo que seja uma pequena apresentação de trabalho.
O indivíduo ansioso tem grandes dificuldades de relação interpessoal. Ele evitará grupos de conversas, almoço de trabalho, grandes cargos, mudanças de área e função para evitar novas demandas de trabalho. Já quando o indivíduo ansioso está buscando uma recolocação de trabalho suas chances de demorar mais tempo para se recolocar pode acontecer exatamente pelos mesmos sintomas já mencionados anteriormente.
Outra relação afetada é a do indivíduo com a seu corpo e a comida, quando ele passa a fazer sua alimentação com restrições ou exageros ou, ainda, aumento na atividade física, podendo levar a um distúrbio alimentar e suas consequenciais.
O indivíduo com transtorno de ansiedade pode sofrer consequência na libido, disfunção erétil ou ejaculação precoce. Cada indivíduo vai apresentar a ansiedade de uma forma, alguns apresentam ambas e outros nenhumas delas.
Em relação ao distúrbio do sono, sabemos que uma noite de sono ruim comprometem significadamente o nosso dia, agora imagina passar dias, semanas, meses ou até anos com desregulação no sono? O transtorno de ansiedade pode comprometer a qualidade do sono devido os sintomas de preocupação, tensão, pensamento de acontecimentos passados e futuros e aceleração de pensamento, causando a insônia ou as interrupções do sono.
Psicóloga do SESI-SP, Erica Soares dos Santos